95% dos visitantes presentes em eventos turísticos moram no RS, aponta Observatório do Turismo
Foram ouvidos turistas da Expointer, Oktoberfest de Santa Cruz do Sul e da Feira Loucura por Sapatos (Fenac), em Novo Hamburgo
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A maior parte do público presente nos eventos turísticos do Rio Grande do Sul são visitantes do próprio Estado, conforme indicam dados coletados pela Secretaria de Turismo, por meio do Observatório do Turismo, entre os meses de agosto e outubro deste ano. Total de 94,7% dos 800 turistas ouvidos pela pasta vivem no Estado.
O caráter regional também se reflete na hospedagem dos turistas, já que 84,5% ficou em sua própria casa, voltando para a residência no mesmo dia do evento. Os eventos, contudo, movimentaram a rede hoteleira, já que quase 10% dos visitantes ficaram em hotéis. Na Oktoberfest de Santa Cruz do Sul, por exemplo, a ocupação nos hotéis já estava alta semanas antes da programação.
A faixa etária predominante foi de 45 a 64 anos, com 28,7% do total, e quase metade dos frequentadores dos eventos regionais possuem entre 35 e 64 anos (49,4%). Estar com a família durante os eventos também é comum para maioria dos turistas, com 65,7% do total. Ainda há 18,8% que foi às feiras com os amigos e 9,2% com parceiros de negócios. O valor médio gasto pelos turistas foi superior a R$ 100 para 56% dos ouvidos, sendo que 11% ultrapassou R$ 500.
Mais da metade dos visitantes consultados (52%) já frequentou os eventos mais de três vezes, demonstrando que se trata de um público assíduo. No total, apenas 6% dos turistas visitaram os eventos pela primeira vez na edição deste ano. Parte dos presentes estava nas feiras por lazer (44,7%) e 11,5% buscava oportunidades de negócio.
No total, foram realizadas 800 entrevistas com visitantes da Expointer, Oktoberfest de Santa Cruz do Sul e Feira Loucura por Sapatos (Fenac), em Novo Hamburgo, o que permite assegurar 95% de nível de confiança nas respostas. Esse índice significa que 95 a cada 100 pesquisas iguais a essa realizadas estarão certas.
Impacto dos eventos é observado em públicos diferentes das regiões turísticas
A realização das feiras também traz uma repercussão na população da região onde acontece a festividade e do restante do Estado. O empreendedor Felipe Vescovi dos Santos, 42, por exemplo, começou recentemente um negócio de roupas e acessórios alusivas ao Viaduto 13, e encontrou nos eventos um caminho para aumentar a visibilidade da sua marca.
“As feiras regionais são interessantes por questões de expansão de marca e de marketing, assim como a capilarização do negócio no interior e em outros estados", defende, explicando que o seu negócio tem uma ligação com o turismo. Na Expointer, realizada em agosto deste ano em Esteio, Vescovi ressalta o interesse do público em geral nos produtos. “Circulou muita gente dos outros municípios, tivemos muito contato e troca de experiências”, enfatiza.

Já em Santa Cruz do Sul, cidade que abriga a maior Oktoberfest do Estado, a aposentada Clélia Joana Pedó, 62, relata que a movimentação durante o evento ajudou a deixar seu espaço para hospedagem sempre lotado. “Eventos assim são muito importantes. Desde que começamos, fizemos amizade com pessoas de vários estados”, lembra.
Ao lado do esposo, Arno Lourenzini Pedó, com quem comemora 40 anos de casamento neste ano, Clélia administra a acomodação em um site de reservas. Os dois, já aposentados, são apaixonados pelo turismo e buscam conhecer as atrações do Estado. "Não precisa ir muito longe para conhecer lugares diferentes. Somos privilegiados por ter lugares lindos para visitar", enfatiza Clélia.