A Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul (Setur) se reuniu, na tarde desta sexta-feira (8), no Acampamento Farroupilha, com representantes do trade turístico do Estado — grupo que representa gestores públicos, empresários e associações do setor. Durante o encontro, discutiu-se como os participantes podem se articular e contribuir de forma assertiva, para ajudar as vítimas das enchentes que atingem o RS.

O secretário de Turismo em exercício, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, lembrou que a motivação para o encontro surgiu a partir da capacidade de mobilização e força que o setor turístico tem quando atua em conjunto. “Temos várias possibilidades de iniciativas para o que deve ser feito, precisamos mostrar a importância do setor inclusive neste momento de urgência”, enfatizou o gestor.

Inicialmente, a Setur está realizando um levantamento para saber quais equipamentos turísticos foram impactados com a tragédia. Em contato com os 79 municípios com situação de calamidade pública decretada, assim como outros que possam ter sofridos impactos decorrentes das enchentes, a pasta fará um diagnóstico inicial de qual a situação da infraestrutura turística no Estado.

A região do Vale do Taquari, que concentra o maior número de estragos decorrentes do desastre, já registra que a Ponte Rodoferroviária Brochado da Rocha (Muçum) e a Ponte Santa Bárbara estão destruídas. Também há registros de danos aos equipamentos da rota turística “Pelos Caminhos do Pão e do Vinho”, que envolve o munícipio de Roca Sales, um dos mais atingidos pelas enchentes.

Odacir Toldi, secretário de Turismo, Cultura, Esporte de Guaporé e representante da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) na reunião desta sexta, disse que a população está trabalhando para tentar amenizar o primeiro impacto da tragédia. “É uma região que se vê sem chão. Precisamos unir forças para tratar dos pontos mais urgentes nesse momento e pensar em como essas cidades vão se reinventar turisticamente depois”, aponta.

Toldi ressaltou que o setor precisa se organizar para fazer uma ação de solidariedade de forma coordenada, para que as doações sejam bem direcionadas. “Estamos em um momento crítico agora, são necessários lençóis, materiais de uso pessoal... Mas daqui a pouco vamos ter que pensar na reconstrução das casas, na estrutura econômica dos municípios”, acrescenta.

Gabriela Schwan, vice-presidente do Transforma RS, destacou a importância da união do setor para a reconstrução dos municípios afetados. "O trade do turismo gaúcho está unido para somar forças no enfrentamento à essa crise humanitária, devido aos desastres naturais que estamos passando desde o meio da semana aqui no Rio Grande do Sul. Nosso propósito dentro do Transforma RS é a competitividade do RS e é fundamental neste momento recompor o setor turístico que movia parte da economia destas cidades atingidas pelas inundações. É a hora de mostrar a força que a cadeia do turismo tem em atender estas cidades, famílias que foram devastadas".

A reunião desta sexta-feira foi um pontapé para a formalização do movimento realizado de forma conjunta pelo setor e novas definições serão estabelecidas até o início da próxima semana.

Participaram do encontro inúmeras entidades representativas, tais como: Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Associação Brasileira de Turismólogos e Profissionais do Turismo (ABBTUR), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Transforma RS, Associação de Parques, União Gaúcha dos Representantes e Operadores de Turismo (Ugart), Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Sindtur Serra Gaúcha, Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (SEGH), Associação de Parques da Serra Gaúcha (APASG), Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) e representantes de prefeituras municipais.